Bandua agarra no cancioneiro popular da região da Beira Baixa e encara-o com uma reinterpretação folk electrónica. Concebido pelo músico e produtor luso-brasileira Tempura the Purple Boy e pelo cantor e músico português Edgar Valente, Bandua representa a primeira vez em que estas sonoridades, poemas e canções são transformados num som electrónico da língua portuguesa.
Começando como baixista e compositor trabalhando em diferentes gêneros, e contando hoje com vários créditos de participações em discos de ouro e platina em Portugal, Tempura tem vindo a esculpir ao longo da sua carreira uma estética de som eletrônico que funde elementos orgânicos com sons mais club.
Tal como a dupla Darkside, uma banda cujos sons podem ser facilmente identificados com os de Bandua, Valente é como se fosse Harrington e o seu par Jaar, é Tempura. Valente é a encarnação do espírito da região. A sua voz, extremamente pronunciada, oscila entre a de um aldeão curvado e a de um sacerdote shaman com várias camadas no seu tom ao cantar. Edgar Valente, que também faz parte do grupo Criatura, toca vários instrumentos nas músicas de Bandua, incluindo o Adufe, um tambor espiritual com 1400 anos que é único na região.
PRESS
"O espírito da Beira Baixa desceu até Lisboa para um concerto magnífico, na noite de lançamento do álbum de estreia dos Bandua. Têm tudo para dar certo".
Por Vítor Balenciano em Público
"Bandua é um daqueles disco que escutamos com doses generosas de estranheza e familiaridade, sendo essa a primeira das razões que nos faz voltar uma e outra vez a cada uma das canções. Damos por nós a ouvir algo realmente novo, distinto e intrigante, mas que ao mesmo tempo nos soa familiar, natural e instintivo".
Por João Mineiro em Rimas & Batidas